História de terror

E lá estávamos nós, cercadas por horror de todas as formas diferentes, sentindo o peso de nossas escolhas. Certamente, o pior erro que já cometêramos foi sentir pena de Ara Da' Covni.

[ UMA HORA ANTES ]
Ela estava destruindo o mundo. Seu poder de invocação era superior a tudo que conhecíamos, não havia o que pudéssemos fazer, era simplesmente muito corrompida para que pudéssemos nos defender.

— Posso sentir a forma com que ela se sente, o odor de seu ódio está claramente espalhado pelo ambiente! — Disse Saori, a mascote. Desde que havíamos nos unido, aprendera a falar e se revelara pelo menos dez vezes mais medrosa do que eu e Uija-sama pensávamos.

E de repente, ela surgiu em nossa frente. Cara a cara contra nós, estava Ara Da' Covni, com um sorriso e um semblante vingativo, se mostrando uma das mulheres mais fortes de todos os tempos — uma pena ter usado essa força para o mal, devo acrescentar. Ara invocou um dos maiores e piores seres que poderia ter invocado, nada mais nada meios que um Demogorgon ali, bem diante de nossos olhos. A criatura imediatamente correu em nossa direção, parecia com fome o suficiente para matar pelo menos quinhentos seres mágicos e talvez dizimar a população inteira. Isso se não contássemos com a possibilidade de ela se reproduzir. Era realmente desesperador.

— SAORI! — Uija gritou ao perceber que o animalzinho havia sido pego, sem mais nem menos, pela própria bruxa. Imediatamente usou o feitiço Jasna, que possibilitava voltar o tempo em cinco segundos. Teve certeza de segurar o animal em mãos dessa vez. Todos sabemos que a única forma de matar um Demogorgon invocado é acabar com seu invocador, por isso precisávamos nos dividir. Era algo a se fazer e a forma mais estranha de fazer foi a que decidimos: No palitinho. Lógico que ia dar eu, sempre dá eu.

— Abençoada seja minha sorte pra esse momento, né? — Suspirei, cansada. — Uija-sama, por favor, distraia o Demogorgon junto com Saori e nosso pequeno monstrinho. Vou dar o fim de uma vez por todas nessa palhaçada! — Gritei, erguendo as mangas de meu traje mágico e correndo muito rápido em torno do monstro que nos perseguia, logo recebendo uma facada de Ara Da' Covni.

Mas uma facada no eu errado.

— Se tem uma coisa que eu aprendi em Naruto é que sempre devemos ter um clone trabalhando nas sombras. — Sorri, com a faca em seu pescoço. A estratégia era simples: Havia me clonado na entrada triunfal (afinal todos sabemos que papo furado é a melhor distração) e enviado meu clone para lutar cara a cara, esperando pelo momento em que Ara baixasse a guarda. Só não pensava que uma estratégia tão tosca funciona. — Acabou pra você, Da' Covni.

Então me mate. — Respondeu, ainda sorrindo.

Mas por alguma razão, em meio a todo aquele caos e com a fonte dele bem em minha frente, eu hesitei. Fiz o que não devia ter feito: Hesitei no pior momento de todos. Sua alma não parecia ruim, não podia ser algo ruim. Ela parecia pedir nada além de socorro por trás de tudo aquilo e isso me comoveu de uma forma incomensurável.

— Too late.

E então me senti ser empurrada com força sobrenatural sobre o ar. Uija-sama tratou de fazer com que retornasse em segurança, pude notar que estava toda machucada mas de forma alguma ela desistiu de lutar. Ela nunca desistiria, é uma aprendiz forte e leal.

— Masuta. — Sussurrou, assegurando-se de que Ara não pudesse ouvir. — Precisamos invocar a fantasia aeojo para que ela nos ajude. É sorte nossa eu andar sempre com as ferramentas necessárias. — Disse, começando o ritual de invocação. Após o ritual de invocação o traje, belo e brilhante, apareceu nos céus.

O que não esperávamos é que a escolhida era ninguém mais, ninguém menos que ela.

Ara Da' Covni. A própria.

Em um feixe de luz, a fantasia a escolheu e foi colocada à força, purificando-a de todo o mal. Ara Da' Covni não estava mais entre nós, mas pudemos ouvir sua alma agradecida.
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