História de terror

E lá estávamos nós, cercadas por horror de todas as formas diferentes, sentindo o peso de nossas escolhas. Certamente, o pior erro que já cometêramos foi sentir pena de Ara Da' Covni.

[ UMA HORA ANTES ]
Ela estava destruindo o mundo. Seu poder de invocação era superior a tudo que conhecíamos, não havia o que pudéssemos fazer, era simplesmente muito corrompida para que pudéssemos nos defender.

— Posso sentir a forma com que ela se sente, o odor de seu ódio está claramente espalhado pelo ambiente! — Disse Saori, a mascote. Desde que havíamos nos unido, aprendera a falar e se revelara pelo menos dez vezes mais medrosa do que eu e Uija-sama pensávamos.

E de repente, ela surgiu em nossa frente. Cara a cara contra nós, estava Ara Da' Covni, com um sorriso e um semblante vingativo, se mostrando uma das mulheres mais fortes de todos os tempos — uma pena ter usado essa força para o mal, devo acrescentar. Ara invocou um dos maiores e piores seres que poderia ter invocado, nada mais nada meios que um Demogorgon ali, bem diante de nossos olhos. A criatura imediatamente correu em nossa direção, parecia com fome o suficiente para matar pelo menos quinhentos seres mágicos e talvez dizimar a população inteira. Isso se não contássemos com a possibilidade de ela se reproduzir. Era realmente desesperador.

— SAORI! — Uija gritou ao perceber que o animalzinho havia sido pego, sem mais nem menos, pela própria bruxa. Imediatamente usou o feitiço Jasna, que possibilitava voltar o tempo em cinco segundos. Teve certeza de segurar o animal em mãos dessa vez. Todos sabemos que a única forma de matar um Demogorgon invocado é acabar com seu invocador, por isso precisávamos nos dividir. Era algo a se fazer e a forma mais estranha de fazer foi a que decidimos: No palitinho. Lógico que ia dar eu, sempre dá eu.

— Abençoada seja minha sorte pra esse momento, né? — Suspirei, cansada. — Uija-sama, por favor, distraia o Demogorgon junto com Saori e nosso pequeno monstrinho. Vou dar o fim de uma vez por todas nessa palhaçada! — Gritei, erguendo as mangas de meu traje mágico e correndo muito rápido em torno do monstro que nos perseguia, logo recebendo uma facada de Ara Da' Covni.

Mas uma facada no eu errado.

— Se tem uma coisa que eu aprendi em Naruto é que sempre devemos ter um clone trabalhando nas sombras. — Sorri, com a faca em seu pescoço. A estratégia era simples: Havia me clonado na entrada triunfal (afinal todos sabemos que papo furado é a melhor distração) e enviado meu clone para lutar cara a cara, esperando pelo momento em que Ara baixasse a guarda. Só não pensava que uma estratégia tão tosca funciona. — Acabou pra você, Da' Covni.

Então me mate. — Respondeu, ainda sorrindo.

Mas por alguma razão, em meio a todo aquele caos e com a fonte dele bem em minha frente, eu hesitei. Fiz o que não devia ter feito: Hesitei no pior momento de todos. Sua alma não parecia ruim, não podia ser algo ruim. Ela parecia pedir nada além de socorro por trás de tudo aquilo e isso me comoveu de uma forma incomensurável.

— Too late.

E então me senti ser empurrada com força sobrenatural sobre o ar. Uija-sama tratou de fazer com que retornasse em segurança, pude notar que estava toda machucada mas de forma alguma ela desistiu de lutar. Ela nunca desistiria, é uma aprendiz forte e leal.

— Masuta. — Sussurrou, assegurando-se de que Ara não pudesse ouvir. — Precisamos invocar a fantasia aeojo para que ela nos ajude. É sorte nossa eu andar sempre com as ferramentas necessárias. — Disse, começando o ritual de invocação. Após o ritual de invocação o traje, belo e brilhante, apareceu nos céus.

O que não esperávamos é que a escolhida era ninguém mais, ninguém menos que ela.

Ara Da' Covni. A própria.

Em um feixe de luz, a fantasia a escolheu e foi colocada à força, purificando-a de todo o mal. Ara Da' Covni não estava mais entre nós, mas pudemos ouvir sua alma agradecida.

Monstrinho bondoso



Nas grandes Colinas do Amanhã uma pacata família vivia. Um casal apaixonado, por volta dos 30 anos, e suas 5 crianças amavéis de bochechas avermelhadas de correr pelo sol. As Colinas do Amanhã ficavam nas fronteiras que dividiam a vida e a morte, mas apesar do cenário sombrio, era um lugar estupendamente paradisíaco. 

A doce família servia aos 7 Ceifeiros, os anjos da morte e os chefes de todos os outros que tinham o dever de levar as almas para seus caminhos. As almas eram levadas por um dos 7 até o Grande Salão, que ficava protegida por um feitiço nos fundos da casa da família. Uma alma quando morta carrega a dor da sua vida e de todas as outras antes dela, por isso, deve tomar o Chá do Deixar Ir: um chá que apaga todas as memórias e permite que a alma faça seu trajeto em paz. O casal era responsável por plantar, colher, fazer a infusão do chá sem que ele perdesse suas propriedades medicinais e servir às almas visitantes.

Para Willhelm esse era um grande feito, não via a hora de crescer e poder continuar o serviço de seus pais. Infelizmente, demoraria muitos anos até isso acontecer por ele ser o filho mais novo... E ele inocentemente não sabia que jamais chegaria a realizar esse sonho devido ao que estava por acontecer.

Para o casal servir a bebida para as almas era uma tarefa dolorosa e que eles estavam cansados de cumprir. Eles haviam sido os escolhidos mas depois da experiência sabiam como era difícil, eles viam muitas histórias tristes e era muito difícil convencer algumas almas a tomarem o chá. Dessa forma eles foram seduzidos por um demônio inferior com a promessa de serem livres pra viver no Vale da Aurora Vital, ou se preferir: o mundo onde humanos comuns vivem.

Nunca se deve acreditar veemente em demônios que não pedem nada em troca, fiquem atentos, pois é um truque. E esse casal foi extremamente enganado: mandaram seus quatro filhos mais velhos, um por um, para o Portal do Sol que separa as Colinas do Amanhã do Vale da Aurora Vital, ficando por último com seu pequeno Will.

Os escolhidos pelos 7 Ceifeiros são envoltos de um encanto que faz com que possam ser rastreados e quando isso aconteceu, os Ceifeiros puderam sentir a marca do demônio e isso significa que: ou eles estavam possuídos, ou haviam selado um pacto. As duas alternativas eram péssimas e poderia colocar as almas conhecidas pelo casal em perigo, já que eles conheciam o trajeto que elas precisavam seguir. 

Então, Willhelm viu bem em frente aos seus olhos a fúria dos Ceifeiros, a fúria dos seres vazios, e nunca mais viveu em paz. Um fogo alardante crescia mais e mais em volta deles e era horrivelmente inflamável em seus pais, era como se eles tivessem sido embebedados em gasolina. Will também sofrera graves queimaduras, mas nada importava, seus pais estavam morrendo bem na sua frente! Os gritos desesperados, o cheiro de carne e roupa queimadas, a risada maligna do demônio de fundo, o calor incandescente, o medo de estar sozinho, a raiva transformando-se em lágrimas ardentes e salgadas. Will nunca mais foi o mesmo pois essas coisas nunca mais saíram de sua cabeça.

Haveria uma esperança pois seus irmãos poderiam estar a salvo, mas não estavam. Todos foram caçados e mortos, um por um. Os Ceifeiros queriam descartar qualquer possibilidade de os demônios conseguirem informações sobre a transição das almas, da mesma forma que os anjos em outras posições também não tinham conhecimento dos segredos das Colinas do Amanhã. Will estava sozinho pra sempre.

O desejo de vingar seus pais e seus desejos egoístas o transformaram em algo que já não era mais humano, era quase demoníaco, não fosse o seu coração. Willhelm se tornou uma diabrura assustadora e melancólica, as pessoas sentiam muito medo dele, porém, ao invés de machucar ele queria evitar que mais pessoas ouvissem demônios menores em busca de desejos bobos e egoístas. Ele queria evitar que mais famílias fossem destruídas, enganadas e que houvessem mais "wills" por aí.

Paródia

Versão original: Look What You made me do

I don't like your little games
Don't like your tilted stage
The role you made me play
Of the fool, no, I don't like you

I don't like your perfect crime
How you laugh when you lie
You said the gun was mine
Isn't cool, no, I don't like you (oh!)

But I got smarter, I got harder in the nick of time
Honey, I rose up from the dead, I do it all the time (all the time)
I've got a list of names and yours is in red, underlined (in red, underlined)
I check it once, then I check it twice, oh!

Ooh, look what you made me do
Look what you made me do
Look what you just made me do
Look what you just made me
Ooh, look what you made me do
Look what you made me do
Look what you just made me do
Look what you just made me do

Paródia: Sua cara de urubu

Eu não gosto de você na minha porta
Você tem cara de morta
Não faço a minha torta
Pra você, porque eu quero comer

Essa sua fantasia de vampiro
Me dá vontade de te dar um tiro
Sua abóbora? Até que é legal
Mas você tem uma cara de pau (oh!)

Se lembra quando eu tinha amigos? Era bem daora (era daora)
Eu convidei todo mundo pra pegar doce lá fora (doces lá fora)
Mas você comprou eles, e depois me deu um fora
E então, o seu karma começa agora (oh!)

Ohh, sua cara de urubu
Sua cara de urubu
Sua baita cara de urubu 
sua baita cara de uru- 
Ohh,sua cara de urubu
Sua cara de urubu
Sua baita cara de urubu 
sua baita cara de uru-

(A paródia em si não é muito assustadora, foca mais no humor, mas o conceito é o término de uma amizade simplesmente porque a menina pra quem a paródia é dedicada usou o dinheiro para subornar os amigos da outra e jogou ela fora; então a outra está planejando vingança)

Selfie de Halloween


Aro Da'Covni


As mulheres não eram vistas como boas dominantes da magia, pelo menos não o suficiente para liderar o grupo de magos e bruxas Sren Ommus. Diferente dos grupos mágicos entusiastas do seu tempo, eles acreditavam que o homem era fonte de força e, portanto, mais propenso a compor a Tríplice Artus: os três grandes líderes mais poderosos e os mais sábios da Sren Ommus.

As mulheres eram usadas somente em rituais poderosos que envolviam sangue e pureza, e embora muitas não concordassem com a filosofia do grupo, abaixavam suas cabeças e seguiam por medo de se descobrirem fracas. Havia apenas uma mulher que seguia fielmente a filosofia dos Sren Ommus e as ordens da Tríplice Artus: Aro.

A lenda é antiga, então muitos detalhes foram perdidos ao longo dos anos. Algumas pessoas dizem que ela fora apaixonada desde pequena por Artus Heros (os integrantes da tríplice carregavam Artus antes do seu nome, era uma espécie de pronome de tratamento), outras dizem que ela queria adquirir seus conhecimentos e se tornar a mulher mais poderosa do grupo. Nunca saberemos disso com certeza porque a verdade foi esquecida.

Mas uma suposição se mostrou certeira: ela queria se tornar realmente poderosa. Aro não era aceita pelas mulheres do grupo porque não era bonita, era muito calada, proferia poucas palavras, tinha o corpo frágil, adoecia fácil e mesmo com 20 anos ainda não havia tido o seu primeiro sangramento. Ela era uma mulher inútil pros Sren Ommus. Além disso, parecia não carregar honra alguma como mulher por nunca questionar a filosofia relacionada a elas. Nas grandes batalhas ela era quem mais se feria, ficava meses febril e sem conseguir se mover.

A lenda diz que Heros a tornou sua pupila e, partindo do princípio de que ela era frágil, ensinou tudo o que uma pessoa fraca poderia utilizar de magia. Aro se tornou a mulher mais poderosa do grupo e, as mulheres que antes a tratavam mal, passaram a olhar com respeito e a se sentirem encorajadas. Mas não todas.

Vendo essa movimentação preocupante e o fato de que as mulheres começaram a questionar altamente e a se mostrarem contra algumas ordens, os homens radicais começaram a se sentir ameaçados. Se as coisas continuassem daquela maneira, Aro poderia se tornar a única mulher capaz de compor a Tríplice Artus e isso era inaceitável. Havia uma mulher chamada Helve que passara a invejar Aro, e com a promessa de se tornar a única mulher poderosa da Sren Ommus ela tentou matar a pupila de Heros.

Mas Artus Heros não ficou impune, afinal, se existia uma mulher poderosa e que feria todas as regras da Sren Ommus, era culpa dele. Assim que descobriram quem era o meste da Aro, uma grande batalha começou, um Artus era um líder e jamais poderia ser traído por seu grupo. Muitos homens começaram a se questionar se era realmente necessário tentar matar um de seus líderes, já que era muito mais fácil matar a mulher. Outros acreditavam que já que uma regra havia sido quebrada, uma mulher poderosa, então outra regra poderia ser quebrada: lutariam com o Artus.

Todos sabiam que seus poderes não os ajudariam a vencer a luta, por isso, embebedaram suas lâminas em um puro e letal veneno e com uma armadura espírita de ódio, lutaram contra seu líder. Essa parte da lenda é contada de várias maneiras, há quem diga que Helve matou Aro antes que a última soubesse que Heros estava em perigo, outros dizem que Helve cortou Aro enquanto essa corria em direção a Heros e que, na esperança de salvá-lo, morreu por ele.

O que se sabe é que ambos, Aro e Heros, faleceram naquela batalha. E que nenhuma das mulheres conseguiu fazer algo para ajudar. A única mulher presente fora Helve e ela estava apunhalando todas elas pelas costas. No trânsito dos mundos, onde não é nem céu e nem inferno, Aro foi questionada se queria voltar à vida, se queria se vingar, se seria capaz de suportar a eternidade em busca da vingança sem arrependimentos. E ela disse ‘sim’ para todas as questões.

O que ela não sabia naquele momento é que tinha interpretado as coisas da forma errada e que estava sujeita ao sofrimento do erro por toda a eternidade. Mas não importava, pois ao voltar a vida como uma imortal, seu lado doce e inocente fora perdido. A única coisa acesa dentro dela era ódio e sede de vingança por todas as mulheres. Aro Da’covni passara a invocar as mais peçonhentas e macabras almas abandonadas no plano terrestre para causar o maior terror já vivido para as mulheres na noite do dia 31 de outubro.

Saori, o cachorro raposa alado (comedor de doces)

Saori é o mascote de nossa equipe, e a forma que a encontramos foi ao mesmo tempo engraçada e preciosa. Unimo-nos a nossa pequena cãoposa em uma tarde de inverno em que um senhor feudal solicitara nossa ajuda para exorcizar um espírito maligno que arruinava todas as noites sua plantação de doces. Logo descobrimos que não se tratava de um espírito, mas sim do pequeno mascote sem dono que se alimentava da plantação do senhor. Decidimos que para tirá-la dali faríamos uma trilha de doces que terminasse em uma árvore cheia dos mesmos, mas quando pensamos que o serviço havia acabado ela acabou por nos escolher. Saori se alimenta exclusivamente de balinhas doce e tem o poder de voar, o que nos ajuda muito em nossas missões contra o mal. Além disso, ela também pode fazer com que todos se sintam alegres e energéticos em qualquer situação, também usando sua fofura como arma potente contra seres malignos. 

A Lanterna das Almas

A magia sempre fora cobiçada por mãos e mentes erradas, por tal motivo houveram tempos de guerra. Tudo que for fonte de poder é algo a se proteger, por isso, a Lanterna das Almas tem uma forma que não chama atenção como algo poderoso e sério.

Exatamente: essa abóbora meiga, adorável e simples é a poderosa Lanterna das Almas, objeto de poder da extinta aldeia Aeojo. Ela se transforma no cajado usado na fantasia devido à combinação dos significados e da própria força do Aeojo. Lembrando que, o uso dos incensos de eucalipto e lavanda só são usados na realização do feitiço Aeojo por pessoas não trajadas pela fantasia!!!

Fantasia Aeojo



Há muito tempo, quando criaturas sobrenaturais eram facilmente vistas, a magia era facilmente dominada, ensinada e acabou por tornar-se artigo popular, caindo facilmente em mãos erradas, diversas espécies entraram em guerra, uma disputa terrível por poder começou e trouxe caos ao mundo.

Nessa época, entidades com poder superior uniram-se com o intuito de salvar os seres do caos e uma aldeia surgiu: A abençoada aldeia do aeojo, que tinha como principal propósito controlar o uso da magia e restaurar a harmonia entre espécies. Uniram seus poderes e então a fantasia aeojo nasceu.

Carregando o sangue e o suor de um vilarejo inteiro, era o objeto mágico mais poderoso já feito (alguns alegam ainda ser) e após uma guerra de mil anos, a paz foi restaurada. A magia após isso tornou-se rara, algo que a profanação mundana jamais alcançaria. A aldeia, porém, foi completamente aniquilada, e no traje divino foi pintada uma flor para cada morador que sacrificou-se naquela guerra; com isso, sempre lembraremos daqueles que já se foram para que possamos ter esperança naqueles que ainda virão.

O quimono representa a honra à tradição. O branco representa pureza, purificação da alma e esperança. As flores em vermelho/vinho representam a vida e a morte, o vermelho no branco representa a beleza em viver. A fita laranja representa a bravura daqueles que já se foram e daqueles que virão, com os detalhes verdes representando a harmonia. O laranja no verde, então, representa a luta pela paz. O cabelo comprido significa proteção.

A Lanterna da Alma, combinada aos olhos tapados serve para ser sua real visão, representando "abrir sua mente à verdade". A visão é guiada pelo coração que é facilmente amedrontado, mas com os olhos fechados e a alma pura e equilibrada, a luz que guia os caminhos em acompanhamento faz com que a pessoa consiga enxergar a verdade. Caso o usuário seja corrompido pelo desejo de enxergar além daquilo que a roupa lhe mostra, a fantasia o rejeita imediatamente e busca por outra alma pura. Dessa forma, jamais deve-se fechar os olhos da lanterna. O livro é a representação física de nosso grimório mágico, carregando as cores da equipe, a raposa é a representação do animal sagrado que fizemos em nossa máscara.

Assim como o feitiço aeojo e como nossa máscara, o traje traz o poder de proteger contra possessão, tanto contra almas quanto contra desejos obscuros. Justamente como citado no feitiço, a proteção contra almas não é algo que se possa ser feito baseando-se naquilo se vê com os olhos, então nunca se sabe quem pode ser uma vítima. Por isso é importante manter consigo a lanterna da alma, para que se esteja totalmente protegido.

O Feitiço AEOJO

Uija - 07.10.2017 - Lua Cheia

Algo normal no mês das bruxas é o trânsito constante de almas vingativas à espreita de um receptáculo (um corpo para possuir), e obviamente há diversas características que os atraem aos possíveis receptáculos.

Como são muitas almas é impossível listar e lembrar de todos os aspectos que lhes chamam atenção, afinal, qualquer um pode ser uma vítima. Então, sempre guardem em algum lugar de suas cabecinhas o seguinte feitiço:

Aeojo

Tenha incensos de eucalipto, eles são ótimos para afastar energias negativas e para proteção, e de lavanda também, são maravilhosos calmantes e purificadores.

De preferência, tenha um incenso de cada, em mãos diferentes.

Erga sua cabeça em direção ao céu, olhe para a lua, de modo que seu rosto fique iluminando com sua luz, concentre-se enquanto diz o pequeno verso:

Abrilhanta meu coração
Emana a tranquilidade da vida
Olha por mim através de meus próprios olhos
Joga fora os cadeados que os prendem aqui
Oriente-os a seguirem sua direção
Sempre que terminar o verso diga "honestus opinione lunares aeojo", e preferivelmente continue até que os incensos estejam quase terminados.

Esse pequeno e simples feitiço os ajudará a manter-se a salvo durante o mês das bruxas.

A criatura amante da Lua Cheia

Uija - 07.10.17 - Lua Cheia

Estamos em outubro e algumas coisas inesperadas nos aguardam ao longo dele, acredito ser válido eu tornar algumas situações inesquecíveis, para o meu próprio bem no futuro. Como introdução, gostaria de deixar claro que A Criatura Amante da Lua Cheia a qual me refiro é sim um lobisomem, mas bem longe da concepção fantasiosa a que estamos acostumados. Vamos às dicas.

Na virada do dia 4 para o dia 5, espero que tenham todos se cuidado, pois foi um dia e tanto. Dia 5 iniciou a lua cheia, mas só em torno das 15hrs do dia. Porém, situações estranhas e alvoroçosas acontecem nesse período na vida da criatura que vou citar, o lobisomem.

A verdade sobre os lobisomens

Primeiramente, como todos sabem lobisomens são homens quando não transformados. Mas nada daquela história do sétimo filho de uma família de mulheres, ou seja lá qual for o conto. A situação aqui é real, prestem atenção: antes de se tornarem lobisomens essas pessoas são do bem e sofrem de uma doença!

Talvez desconheçam a porfiria, afinal, é uma doença muito rara. O que poucos sabem é que, nos tempos mais antigos, todas as pessoas com essas doenças eram tratadas como diabruras pelo clero e, sendo assim, pela sociedade. Daí o mito do lobisomem.

Alguns sintomas da porfiria são a fotossensibilidade e bolhas/manchas escuras na pele, além de confusão mental e convulsões. Essas pessoas ficam com uma aparência que assusta, mas não são malvadas. Antigamente, uma pessoa com aparência estranha e confusão mental, era senão uma criatura má e não-humana. Então, antes de mais nada: não fujam de nada que seja assustador em primeiro momento.

Os Arcanitos e o líder BaileYi

Porque o que os torna lobisomens é o sentimento de solidão e deslocamento social. Assim que se sentem abandonados eles atraem espíritos de lobos selvagens, chamaremos eles de "Arcanitos". Os Arcanitos, quando vivos, faziam parte de uma matilha de lobos que vagueavam em busca da sobrevivência do bando, até serem adotados por caçadores que os mantinham em segurança, alimentavam e etc. Mas, os caçadores os mantiveram perto porque por serem selvagens e ferozes, assustavam qualquer outra criatura nas florestas, então, assim que não precisaram mais deles, os mataram. Apenas um sobreviveu, o BaileYi, que fugiu sozinho e ferido para longe dali. Enquanto agonizava o lobo juntou todo o seu sentimento de vingança, e jurou matar todos os humanos que já traíram parceiros antes. Esse dia era o primeiro dia de lua cheia do mês de outubro.

BaileYi vagueia nas vésperas de lua cheia procurando uma pessoa que tenha a doença Porfiria, pois essas pessoas parecem assustadoras para os humanos que não a tem, então são a casca ideal para os Arcanitos possuírem e cumprirem sua vingança ano a ano.

Como salvar a vítima?

Não fuja dela. É uma doença crônica, incurável, e eles não pedem para nascer assim. Os tratem bem: nada de mal julgamento, nada de luz, nada de situações perturbadoras. Sejam gentis. 

Quando eles estiverem se sentindo tranquilos, vá para onde a luz da lua seja abundante, acenda uma vela e um incenso de cravo e peça ajuda à Lua Branca. Caso não adiante e a vítima comece a entrar no processo de possessão, use o feitiço Aeojo. 

O dia que encontrei jaba-sama

Janaiaban - 07.10.2017 - Lua cheia

Existe uma lenda antiga janaíbica sobre um ser cuja aparência é de uma serpente maravilhosa que possui corcovas de camelo e chifre de unicórnio (como demonstrado em uma de minhas melhores aquarelas). É um ser abençoado: a jaba-sama.
Só uma pessoa é capaz de encontrá-la a cada mil anos, e jamais pensei que eu a encontraria na janela de meu banheiro. É surpreendentemente pequena e similar a uma lagartixa, tirando o fato de que a mesma implora para que alguém acabe com sua vida em uma voz extremamente similar a de Lana del Rey. Não sei por que razão, mas havia uma ponta da Dazai Osamu em sua voz, talvez?
De qualquer forma, após uma longa conversa e um banho de banheira em dupla, convenci o ser de que não havia necessidade de morrer e de que existiam muitos memes a ser criados pelos próximos anos. Convencida disso, concedeu-me o dom de ouvir e divulgar eternamente sua oração divina.

Ervas, chás e métodos de terapia para a doença copycat

Janaiaban - 07.10.2017 - Lua cheia

Em todos os lugares do mundo, criaturas sombrias têm sido convocadas para pôr fim à epidemia Copycat. Depois de muitos estudos e testes em seres que preferimos não identificar, descobrimos que o vírus Copycat se trata de um espírito maligno que pode ser exorcizado com intensas sessões de terapia, chás de ervas e outras coisas.


Szégyen az Arcon (de uma língua élfica misteriosa: vergonha na cara)

É a principal erva medicinal para acabar com o vírus maligno. Misture a um pouco de semancol (outra erva incrível) e beba no mínimo três vezes por dia. Caso o medicamento não funcione, é extremamente recomendado consultar um especialista.

Onde encontrar: Próximo a pessoas de bom senso, tente conviver com algumas.

Semancol tea

Certamente um ótimo acompanhante para Szégyen az Arcon, é extremamente eficaz e recomendado. Não é muito eficaz se não for bebido diariamente durante todas as manhãs, e como o gosto é neutro, você só precisa de autoconsciência pra lembrar de beber.

Onde encontrar: Perto de alguém que esteja disposto a te dar um bom tapa na cara medicinal ao ver que está portando esse tipo de doença.

Principal terapia recomendada: Memes do Faustão
Memes do Faustão são a melhor forma de tomar vergonha na cara e semancol (afinal, quer ser mais exemplar que fausto silva?). O apresentador de TV é secretamente o estudante destaque do milênio em herbologia e um exemplo a ser seguido na comunidade de seres das trevas. Seus memes ativam a área do cérebro que provoca originalidade, fazendo com que o espírito do copycat deixe imediatamente o corpo do portador e impedindo-o de tornar-se um babaca completo.

Combatendo falsetes com o contra-feitiço nhem nhem nhem

Janaiaban - 07.10.2017 - Lua cheia


Após a viagem para as colinas de Shat em busca de jureguinho, descobrimos um tipo raro de magia: os falsetes da MC Melody. Já havíamos presenciado magias desse tipo antes, mas nunca feitos pela própria. Se você já presenciou alguma magia-falsete de terceiros, acredite no que digo: São mais potentes, muito mais potentes
A única forma de livrar-se completamente dos efeitos desse tipo de magia é um contra-feitiço obscuro que jamais foi citado em grimórios antes: O raríssimo feitiço nhem nhem nhem. Desenvolvido pela própria deusa Maisa Silva, é proibido em vinte e seis países diferentes.
Para concretizar o contra-feitiço de Maisa Silva, deve-se:

  • Não deixar ninguém de fora desse nhem nhem
  • Repetir as frases "nhe nhe nhem, nhem nhem nhe nhe nhe nhem" até que alguém pare, respire e conte até cem
Vale lembrar que o melhor a fazer é encontrar seu momento nhem nhem: Na rua, na escola, todo mundo tem. É moda, mania, então não se preocupe com encontrar seu nhe nhem interior, deixe ele vir até você.
desenho real e oficial da maisa silva

A batalha contra o lendário jureguinho amaldiçoado

Janaiaban - 06.10.207 - Lua cheia



Após seiscentos longos e mal vividos anos de busca, finalmente encontrei o que há anos buscava: Informações da localização do lendário jureguinho amaldiçoado. Diz a lenda que só há um jureguinho a cada dez séculos e que, ao derrotá-lo, recebe-se imunidade à dor de aparelhos ortodônticos. Após um jureguinho ser derrotado, outro só virá a surgir quinze séculos depois. Durante mil e quatrocentos anos de vida, finalmente soube que tal criatura mística escondia-se além das colinas de Shat, terra amaldiçoada pelos falsetes divinos da assustadora MC Melody.
Nunca havia presenciado até esse dia o poder da maldição que uma MC Melody impõe a quem ouve seus falsetes, mas posso dizer que estava adormecida. Apenas o contra-feitiço nhem nhem nhem, dominado pela aprendiz Uija, pôde fazer-me acordar do transe. É um feitiço que até então nunca tive curiosidade, por isso não havia como defender-me sem a ajuda de Uija.
Foram longos dias de viagem, mas finalmente escalamos as colinas de Shat, encontrando o paraíso de Kcufland. E sentado, urrando, estava ele: O lendário jureguinho amaldiçoado.
jureguinho sentado na cadeira convenientemente colocada
Felizmente, tanto eu quando Uija sabíamos como derrotar a terrível criatura. Juntamo-nos e cantamos o hino mais sagrado de todos os tempos (que pode ser encontrado facilmente no YouTube com o nome de "R U mine? - Arctic Monkeys") e então o ser místico desfez-se em cinzas.
E então, ainda cansadas da aventura que vivemos naqueles dias, preparamo-nos para a viagem, para todos os falsetes contra os quais lutaríamos e pelo menos aproveitamos o fato de nossos aparelhos ortodônticos parecem plumas em nossos dentes. O nosso pobre possível futuro amigo jureguinho estava morto, mas nossos dentes não doíam mais.

Jasna

Janaiaban - 06.10.2017 - Lua cheia

Hoje, encontrei-me com uma criatura um tanto quanto curiosa. Creio que seja uma variante de Quimera. Possuía corpo de peixe e a juba idêntica a de um leão, da qual saía um par de asas de dragão e um par de chifres assustadores. Como referência, trago um de meus desenhos. Possui três metro de altura e cheiro de algodão doce misturado a meias sujas, sua única fraqueza parece ser o medo patológico que o mesmo sente do Fofão. Assim que viu em minha bolsa o rosto do personagem, seu par de chifres soltou bolas de um material semelhante a algodão e a pobre criatura saiu voando descontroladamente. Decidi batizá-la de JASNA (do janabaianês, "algodão") pelo material misterioso que solta pelos chifres em reação a imagens do Fofão.
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